USO RACIONAL E CONSCIENTE DO PLANO

Atuar positivamente para que os recursos sejam consumidos de forma racional e consciente é uma forma de o beneficiário contribuir para a perenidade de seu plano e para a manutenção de custos acessíveis para a coletividade.

Saber como contribuir faz toda a diferença.

Nos títulos disponíveis a seguir você encontrará informações imprescindíveis para quem quer usufruir dos benefícios sem onerar excessivamente o plano. Acesse e boa leitura.

USO RACIONAL E CONSCIENTE

Fazer frente aos desafios de custos sem comprometer a qualidade dos serviços prestados aos beneficiários. Esse é o grande desafio das operadoras e do mercado de saúde suplementar como um todo.

Quando se analisa estatísticas desse mercado, bem como a utilização de serviços de determinado plano de saúde, nota-se um comportamento padrão, que permite classificar os beneficiários em três grupos com perfis de utilização distintos:

  1. Os que mantêm uma rotina de prevenção e acompanhamento;
  2. Os que usam indiscriminadamente os serviços e;
  3. Aqueles que nunca usam o plano de saúde.

Sem uma análise detida, somos levados a acreditar que apenas os beneficiários que usam indiscriminadamente os serviços é que geram prejuízos ao plano, mas não é bem assim.

Há um segundo grupo que também é muito preocupante, que é aquele que nunca (ou raramente) utiliza serviços de saúde. É nesse grupo que o alto risco está oculto e pode se transformar em grandes e inesperadas despesas.

Tem-se, então, de um lado o grupo que utiliza os serviços indiscriminadamente e do outro aquele que raramente os utiliza. Diante dos opostos qual, então, é o melhor caminho?

O equilíbrio!

Utilizar de forma consciente, com foco em prevenção e sem desperdícios. Esta é a melhor maneira de o beneficiário preservar sua condição de saúde e contribuir para o equilíbrio econônico-financeiro de seu plano.

ESSE ASSUNTO É DA SUA CONTA

A ELOSAÚDE é uma Associação e, como tal, tudo o que acontece com a Entidade afeta direta ou indiretamente a todos os seus associados. Por isso, nunca é demais voltar a discutir um delicado assunto: os custos crescentes dos planos de saúde e seu impacto nos reajustes de mensalidades.

Essa realidade afeta o seu bolso, não afeta?

Mas você pode colaborar para que o cenário se altere favoravelmente.

Adiante vamos compartilhar com você os diversos aspectos que influenciam nos custos dos planos e nos reajustes anualmente aplicados. Vamos, também, dar algumas dicas de como utilizar adequadamente os serviços do plano.

Aliás, mais do que simplesmente compartilhar e orientar, queremos o seu engajamento!

O CUSTO DOS SERVIÇOS DESNECESSÁRIOS

Um problema de saúde, por mais simples que seja, mexe tanto com o aspecto físico quanto com o emocional do paciente.

Isso, muitas vezes, gera ansiedade, medo, angústia, irritação, impaciência e acaba refletindo na percepção do paciente que, tomado por essas emoções, tem dificuldade de compreender a atuação da ELOSAÚDE.

Nosso objetivo é preservar a segurança nos serviços prestados aos beneficiários e evitar desperdícios de recursos. Por esta razão algumas autorizações requerem um tempo de análise maior. Essas análises, discussões, orçamentos e negociações são cruciais para a ELOSAÚDE.

Cirurgias e procedimentos mal indicados, materiais superfaturados, medicamento sem comprovação científica colocam em risco a integridade do paciente e geram custos para o plano. E no final, todos pagam a conta.

Por causa disso todos os processos cirúrgicos e procedimentos complexos são analisados minuciosamente. Há casos em que o auditor ELOSAÚDE (médico especializado) chega a contatar o médico do paciente para esclarecer dúvidas e emitir pareceres mais seguros.

Para que você tenha uma ideia do que significa os custos com desperdícios em saúde, queremos compartilhar alguns dados de estudos* realizados no Brasil e no mundo:

  1. 20% das cirurgias em geral são desnecessárias;
  2. 30% dos gastos com procedimentos poderiam ser evitados;
  3. 60% das cirurgias de coluna lombar sequer têm indicação ou deveriam ser realizadas;
  4. 70 milhões de dólares é o custo estimado de cirurgias de coluna realizadas em 2015 no Brasil, sem indicação adequada;
  5. 16 mil pacientes podem ter se submetido a procedimentos altamente invasivos e arriscados, sem garantia de resultado;
  6. 28 bilhões de Reais gastos pelas operadoras de planos de saúde em 2017 foram consumidos indevidamente por fraudes e desperdícios com procedimentos desnecessários.

O médico do paciente é soberano para indicar a abordagem que julgar necessária, contudo, a atuação da auditoria médica da ELOSAÚDE irá contribuir para o melhor deslinde dos tratamentos, com o resultado mais adequado ao beneficiário e custos racionais para o plano.

Por isso, quando um processo estiver em auditoria, é importante que você compreenda as razões e os prazos e, caso seja solicitado, apresente exames e documentos de apoio. Autorizações emitidas às pressas e sem o devido cuidado podem gerar grandes prejuízos.

Fontes de consulta:

https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2013/04/1265817-hospital-encontra-excesso-na-indicacao-de-cirurgia-de-coluna.shtml

http://patrocinados.estadao.com.br/fenasaude/2017/10/17/cirurgias-na-coluna-podem-ser-desnecessarias-em-60-dos-casos/

https://super.abril.com.br/saude/30-dos-gastos-medicos-sao-desnecessarios-e-20-das-cirurgias-tambem/

https://iess.org.br/?p=publicacoes&id=955&id_tipo=15

DESPERDÍCIO DE RECURSOS

Você sabia que o desperdício influencia decisivamente os custos dos planos de saúde? E quando os recursos do plano são consumidos de forma inadequada ou desperdiçados, todos os beneficiários pagam a conta.

Conheça e evite os principais vilões do desperdício:

  1. Custo da desconfiança: ocorre quando há mudança frequente de profissionais, quando não se estabelece um vínculo de confiança com o profissional.

Na maioria das vezes, por desconhecimento do histórico do paciente, o novo profissional irá solicitar exames e procedimentos idênticos aos que o beneficiário realizou recentemente. E o plano irá pagar por isso novamente.

  1. Custo da desinformação: é gerado quando o profissional não é informado pelo beneficiário sobre os exames e procedimentos realizados recentemente. Sem essa informação o profissional repete exames já realizados e o plano irá pagar por isso novamente.
  1. Custo do abandono: é o custo do exame que o beneficiário realiza e não retira o resultado. Estatísticas nacionais apontam que de 33% dos laudos de exames não são retirados pelos pacientes, e o plano paga por isso.
  1. Custo do agravamento: é o custo decorrente do “deixa para depois”, que faz com que o paciente não cumpra sua rotina de acompanhamento periódico e preventivo de sua saúde.

Diagnósticos tardios comprometem a saúde, além de ampliarem severamente os custos, e o plano paga por isso.

  1. Custo da urgência inexistente: é o custo do uso indevido do pronto-socorro. Esses estabelecimentos se destinam a atendimentos urgentes ou emergenciais, portanto são mais caros.

Não devem ser utilizados para a realização de tratamentos, acompanhamentos ou atuação preventiva. Além dos custos serem maiores, não há retorno da consulta nem acompanhamento posterior ao paciente, e o plano paga por isso.

  1. “Dr. Internet”: tão nociva quanto a desinformação é o excesso de informação.

Muitas pessoas assumem para si o papel de profissional de saúde. Deixam de vacinar os filhos, suspendem tratamentos prescritos, tomam remédios “milagrosos” que descobriram na internet etc. Outros procuram serviços de saúde depois de lerem boatos ou notícias alarmistas nas redes sociais. E o plano paga por isso.

Utilizar sem desperdiçar; fechar a torneira do desperdício. Esse é o segredo!

USO INCORRETO DOS SERVIÇOS

Destinar adequadamente os recursos, controlando custos e obtendo o melhor resultado possível em cada ação, vem sendo o maior dos desafios do mercado de saúde suplementar.

Isso porque as despesas de um plano não são constituídas apenas de grandes contas, cirurgias de alto custo, exames sofisticados. Cada pequeno procedimento, por mais barato que seja, contribui para o custo e gera impacto nos cálculos de reajustes anuais das mensalidades.

Nossos planos são coletivos e todos os custos são suportados pelos beneficiários. Sendo assim, no final, todos pagam a conta.

Para contribuir com o equilíbrio econômico e financeiro de seu plano não é necessário que você deixe de utilizar os serviços.

Usar de forma consciente e responsável é o grande segredo!

Veja algumas dicas simples que você pode praticar para manter sua saúde em dia e contribuir com o equilíbrio dos planos:

  • Evite unidades de Pronto Atendimento para cuidar de casos eletivos (não emergenciais). O Pronto Atendimento é um local para tratar os sintomas e estabilizar a emergência. Não tem efetividade para acompanhar o paciente posteriormente, nem para tratar a doença;
  • Nas recepções de atendimento dos Pronto Atendimentos você poderá se deparar com pessoas que portem alguma enfermidade contagiosa (gripe, por exemplo), que pode ser facilmente transmissível;

Evite a automedicação. Esse é um hábito perigoso, que pode mascarar sintomas e até mesmo agravar sua condição de saúde;

Não interrompa os tratamentos sem o consentimento prévio de seu médico. Muitas vezes deixamos de tomar a medicação quando os sintomas passam. Isso é um grande erro. Seguir adequadamente a recomendação médica evita que os sintomas voltem, que o problema se agrave e que o tratamento tenha de ser refeito;

  • Não tente se autodiagnosticar. O acesso à informação é importante, mas é preciso cautela. Ao privilegiar pesquisas na internet o paciente corre o risco retardar ou comprometer o diagnóstico médico ou, ainda, de deixar de dar atenção a algo grave;
  • Ao realizar exames atente para as orientações sobre jejum mínimo, consumo de álcool etc., pois se os resultados forem comprometidos você terá que repeti-los, gerando novos custos;
  • Pratique a cultura da prevenção. É melhor prevenir do que remediar, não é? Pois então, atente para as orientações médicas e mantenha em dia seus exames preventivos básicos;
  • Exercite seu corpo e sua mente. Mantenha hábitos saudáveis de alimentação, hidratação e atividades físicas e ocupe sua mente com atividades estimulantes e prazerosas;

Ao adotar práticas simples você contribui para o uso racional dos recursos do plano sem abrir mão de seus direitos e da segurança que você precisa.

O CUSTO DA DISPONIBILIDADE

No passado a medicina era fundamentada na construção de relações estáveis e duradouras e os médicos acompanhavam o indivíduo ao longo de toda a sua vida.

Com o passar dos anos a disponibilidade de profissionais cresceu exponencialmente, o que contribuiu para que as relações de confiança fossem substituídas por relações de comodidade.

Ocorre que a migração indiscriminada de um profissional para outro muitas vezes retarda os tratamentos, gera exames desnecessários ou repetidos e agrega custos ao plano.

Isso não quer dizer que você não possa ser assistido por mais de um profissional médico. Não é nada disso! Em alguns casos a saúde do paciente impõe a necessidade de assistência de mais de um especialista, mas isso precisa ser adequadamente avaliado, para não se tornar desperdício.

Escolher de forma consciente e construir relações duradouras faz toda a diferença.

Conheça algumas dicas para consolidar relações longas e bem sucedidas com seu médico.

  • Se você ainda não tem um médico de confiança e também não tem certeza sobre o profissional que deve procurar, prefira inicialmente um clínico geral ou médico de família;
  • Esses profissionais são os mais indicados para o acompanhamento global da saúde. Caso seja necessário, poderão encaminhar o paciente a um especialista;
  • Alguns problemas de saúde ou sintomas do paciente são diagnosticados no consultório, por meio de exames clínicos e sem necessidade de exames laboratoriais, imagem ou radiologia;
  • Mas quando for necessário fazer esses exames, reúna os resultados e monte um histórico de saúde. A maioria dos exames pode ser utilizada por vários meses. Leve-os com você caso seja encaminhado para acompanhamento com outro profissional;
  • O médico é o profissional preparado para conduzir seu tratamento, por isso, não lhe peça para solicitar exames. Deixe que ele defina o que é mais adequado. Exames desnecessários não contribuem para a saúde, expõe o paciente a riscos e geram custos para o plano;
  • Evite mudar constantemente de médico. Um profissional que conheça seu histórico de saúde conseguirá prescrever tratamentos mais eficazes às suas necessidades;
  • Cumpra os prazos de retorno, obedeça às dietas, jejuns, a regularidade do uso de medicamentos, bem como às recomendações relativas ao seu tratamento;

Confiança se constrói com diálogo, por isso, não saia do consultório se estiver inseguro, desconfortável ou necessitando de maiores informações. Converse com seu médico e tire todas as suas dúvidas durante suas consultas;

Equilíbrio, consciência e comprometimento. Somos um plano coletivo. Suas atitudes afetam a todos!

Cuide de sua saúde e nos ajude a cuidar da saúde do seu plano!